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Prestação jurisdicional é tema de aula magna do curso de Direito

por Faculdade Metodista de Santa Maria — publicado 04/05/2009 14h29, última modificação 18/05/2016 16h35
Desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira falou dos desafios e conquistas do judiciário

04/05/2009 14h29 - última modificação 18/05/2016 16h35

Prestação jurisdicional é tema de aula magna do curso de Direito
Com a proposta de aproximar os(as) acadêmicos(as) da realidade do mercado de trabalho, a aula magna do curso de Direito da Faculdade Metodista apresentou, por meio da Desembargadora Íris Helena Medeiros Nogueira, um pouco do contexto e da atuação dos juízes no Rio Grande do Sul. Com o desejo de que naquele momento mais uma semente fosse lançada na construção do conhecimento, o Reverendo Nivaldo Dias, realizou a abertura da atividade: "Temos como principio educacional que vocês possam se formar cidadãos melhores".

Em sua exposição, a Desembargadora destacou que o dia a dia dos magistrados é de desafios e conquistas, pois eles convivem com o desassossego do outro. Nesse sentido, a busca dos profissionais tem sido pelo apaziguamento. "A preocupação do judiciário é com a celeridade e com a qualidade da prestação jurisdicional e a conciliação tem sido uma ferramenta eficaz. Conflito é para ser apaziguado e não fomentado", observou.

Para a Juíza verifica-se uma evidente mudança do pragmatismo para o ativismo judicial. "O magistrado do séc. XXI deve atuar com criatividade, sensibilidade e amplo conhecimento". Nesse sentido, são requisitos básicos a imparcialidade, a capacitação permanente, a cortesia, a transparência, o segredo profissional, a diligência no trato com as partes, a dignidade, a honra e o decoro dos profissionais. "É por alguém assim que queremos ser julgados", completou.

Mesmo diante de tantos avanços e novas perspectivas, a morosidade ainda é um tema que gera debate e questionamentos. "A celeridade é uma meta, mas a qualidade da decisão é primordial. A morosidade não é só nossa. As partes também concorrem para isso", explicou a magistrada aos(às) estudantes.

Ainda, conforme Íris Helena, o judiciário não deve ser idealizado. "Não espere do judiciário a perfeição, pois ele é feito de pessoas imperfeitas. Nós erramos, mas é buscando acertar".

A interlocução com os(as) alunos(as) suscitou em novas discussões. A Coordenadora do curso de Direito da FAMES, Prof. Ms. Fernanda Tonetto, ressaltou a contribuição da palestra para a formação e o conhecimento dos(as) estudantes. "Tenho a convicção de que estamos construindo um poder judiciário melhor enquanto academia".

Jornalista responsável e fotos: Ana Paula Nogueira