Por que fazer Iniciação Científica?
08/05/2019 11h06
Você é uma pessoa curiosa, gosta da área acadêmica, de fazer pesquisas e tem uma grande vocação científica ou tecnológica? Talvez, então, se dedicar a uma Iniciação Científica na faculdade seja o plano perfeito para seus estudos.
Provavelmente você já ouviu falar sobre essas duas palavrinhas durante o Ensino Médio ou já na graduação. Mas, afinal, qual a real importância desse programa para seu desenvolvimento acadêmico? Estamos aqui para explicar tudo direitinho!
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O que é Iniciação Científica e quais são seus tipos?
A Iniciação Científica nada mais é do que um estudo aprofundado pelo aluno a respeito de um tema de sua escolha, de qualquer área do conhecimento, desde que seja relevante para seu aprendizado. O estudante demora cerca de um ano para concluir o programa, o qual conta com o auxílio de um orientador disponível na faculdade.
Algumas universidades possuem centros de pesquisa e disponibilizam programas de iniciação por meio de processos seletivos, em duas modalidades: remunerada - com pagamentos ou descontos nas mensalidades - ou voluntária.
O pesquisador também pode vincular a iniciação a instituições de incentivo à pesquisa, as quais disponibilizam bolsas de estudo, como as oferecidas pela Fapesp, CNPq ou Capes.
Iniciação com o CNPq no Ensino Superior
O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) disponibiliza bolsas de estudos de Iniciação Científica (IC) e Tecnológica (IT) por meio de chamadas públicas ou programas institucionais direcionados a alunos da graduação. Vale dizer que o programa é voltado apenas para os estudantes presenciais e não para quem estuda a distância (EaD).
Os programas destinados ao Ensino Superior são o Pibic (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), Pibiti (Programa Institucional e de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação), Pibic-AF (Programa Institucional de Iniciação Científica nas Ações Afirmativas) e o Picme (Programa de Iniciação Científica e Mestrado).
No Pibic, Pibiti e Pibic-EM, os alunos de instituições públicas ou privadas podem participar. As bolsas são concedidas diretamente às instituições após a seleção pelo CNPq por meio de chamada pública.
"Cada instituição é responsável pela escolha dos projetos e estudantes que irão usufruir as bolsas, sempre por meio de editais públicos", afirma o CNPq.
O Pibic-AF, por sua vez, concede bolsas apenas às instituições públicas (já participantes do Pibic) que pratiquem políticas afirmativas para o ingresso na graduação. Elas só podem ser usufruídas por alunos beneficiários de outras ações afirmativas que sejam selecionados pela instituição.
Já o Picme é desenvolvido em parceria com a Capes e com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada/ IMPA. Nessa modalidade, as bolsas de iniciação científica são concedidas aos medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas ou da Olimpíada Brasileira de Matemática que estejam cursando a graduação.
Após seu término, é possível que os estudantes ingressem no mestrado também com uma bolsa. A indicação dos bolsistas, nesse caso, é feita pelo Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada).
O Picme é destinado aos medalhistas da Olimpíada Brasileira de Matemática nas Escolas Públicas ou da Olimpíada Brasileira de Matemática
Segundo o CNPq, embora suas chamadas sejam bienais e apesar da duração do programa ser, normalmente, de 12 meses, não há impedimento para que um estudante usufrua bolsas de iniciação por mais tempo - inclusive durante todo o período que durar a graduação.
Por que fazer?
A Iniciação Científica quer incentivar a participação de estudantes em projetos de pesquisa científica e acadêmica, enquanto a tecnológica está mais voltadas às atividades tecnológicas e de inovação, muitas vezes envolvendo a participação de empresas e cursos tecnológicos.
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“O estudante que realiza a Iniciação Científica aprofunda seus conhecimentos em uma determinada área de estudos e aprende sobre o fazer científico”, afirma o CNPq.
Além disso, de acordo com a instituição, se dedicar à pesquisa durante a graduação pode ser um diferencial para a carreira profissional do aluno, seja ela acadêmica ou não. “O estudante que realiza a Iniciação Científica aprofunda seus conhecimentos em uma determinada área de estudos e aprende sobre o fazer científico.”
Ainda, a iniciação e sua apresentação valem horas complementares e, além disso, ela pode facilitar o desenvolvimento da modalidade monografia no TCC, pois a estrutura de ambos é bastante similar.
Importante para todo mundo
Segundo o CNPq, a Iniciação Científica significa mais do que o início da formação de pesquisadores, mas sim a de melhores profissionais em qualquer área de atuação. Isso porque o programa proporciona ao estudante um grande aprofundamento em uma área de conhecimento. Assim, sua realização não é destinada apenas a quem quer se dedicar futuramente ao meio acadêmico.
"Vivemos em uma sociedade em que o conhecimento científico é a base para que se aprenda a pesquisar e entender como a ciência é produzida", diz um porta-voz do CNPq. Ele também completa dizendo que a iniciação tecnológica pode oferecer a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa para a futura participação dos alunos em empresas.
"A experiência de realizar a iniciação científica ou tecnológica é ímpar porque, além de promover a pesquisa em um tema, pode orientar o estudante quanto a suas escolhas na formação em sua atuação no mercado de trabalho", explica a instituição.
Segundo o órgão, ainda, o projeto também ajuda na compreensão da melhor maneira de realizar pesquisar, nos parâmetros científicos, tecnológicos e de inovação, conferindo autonomia ao estudante e facilitando o seu futuro profissional.