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Curso de Direito da FAMES debate Globalização e Crime Organizado em Aula Magna

por Faculdade Metodista de Santa Maria — publicado 13/03/2008 11h33, última modificação 18/05/2016 16h36
Tema foi abordado pelo Promotor de Justiça Ricardo Herbstrith

13/03/2008 11h33 - última modificação 18/05/2016 16h36

Curso de Direito da FAMES debate Globalização e Crime Organizado em Aula Magna
Já tradicionais no início de cada semestre, as aulas magnas buscam trazer conhecimentos sobre determinado tema visto pelo ângulo de um profissional de fora da instituição de ensino. Neste semestre, para falar sobre ‘Globalização e crime organizado’ o curso de Direito da Faculdade Metodista recebeu o Promotor de Justiça da Promotoria Especializada do Ministério Público do RS, Ricardo Félix Herbstrith.

Atuando como promotor há 18 anos, Ricardo relatou casos que vivenciou durante a carreira, destacando que o crime organizado visa o lucro. Dentre as diferentes espécies de organização criminosa ele se ateve ao contrabando, tráfico de drogas, de pessoas, de armas e a lavagem de dinheiro.

Para dar uma idéia da dimensão do problema, o promotor revelou que o crime organizado movimenta hoje cerca de dois trilhões de dólares ao ano e que metade desse valor é fruto do tráfico de armas. Outro dado exposto é o fato do Brasil e a Índia serem os maiores contrabandistas de órgãos, o que nos leva ao entendimento de que “o mundo hoje não tem mais fronteiras, é globalizado”, conforme Ricardo.

A partir da experiência acumulada, o palestrante indicou medidas para conter a ação desses grupos. “Precisamos de ações transnacionais para que possamos combater com eficácia as organizações criminosas. Na fronteira onde passa o contrabando há um guarda, um agente do Estado. Por isso, há uma possibilidade de vitória, que as idéias vençam”.

Ao encerrar a aula magna, a coordenadora do curso de Direito, Fernanda Tonetto, fez considerações acerca da exposição do promotor, enfatizando que as organizações criminosas crescem onde não há poder estatal. “O Estado esbarra nas fronteiras, mas o crime organizado não”.