Cátedra de Gênero da FAMES promove palestra pelo Dia Internacional da Mulher
por Faculdade Metodista de Santa Maria
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publicado
18/03/2011 07h24,
última modificação
18/05/2016 16h36
Atividade integrou a programação da III Semana Municipal da Mulher em Santa Maria
18/03/2011 07h24 - última modificação 18/05/2016 16h36
Com o tema 'Gênero e direitos humanos: uma perspectiva internacional', a professora do Centro Universitário Metodista, do IPA, Virginia Feix, falou para mais de 100 pessoas na noite de segunda-feira (14/03), na Faculdade Metodista de Santa Maria. A palestra, promovida pela Cátedra de Gênero Wilma Roberts, da FAMES, integrou a programação da III Semana Municipal da Mulher.
Na abertura do evento, a palavra da pastoral feita pelo pastor Nivaldo Dias trouxe uma mensagem de encorajamento aos(as) presentes para que continuem na luta pela igualdade entre homens e mulheres. A vereadora Sandra Rebelato, que integra a comissão organizadora da semana, também fez uso da palavra e destacou a diversidade de ações e a participação efetiva da comunidade nas atividades realizadas. 'Não queremos ser mais que os homens, queremos ser iguais para juntos construirmos o bem comum', observou Sandra.
Já a explanação da palestrante foi centrada na relação entre três eixos: o conteúdo do direito (leis), a estrutura do direito (instituições, órgãos, mecanismos e procedimentos) e a cultura do direito (representações sociais, sentimentos, percepções e costumes), indicando que essas esferas deveriam interagir de forma harmônica, o que não ocorre. Como um exemplo prático, Virgínia Feix citou a lei Maria da Penha, para demonstrar que a estrutura do direito não consegue acompanhar o conteúdo do direito, uma vez que em 2010 a única vara federal existente para tratar do assunto em Porto Alegre estava agendando audiências para 2012.
Ainda segundo Vírginia, a conquista e o reconhecimento dos direitos humanos é muito recente no Brasil, por isso a pressão internacional tem sido importante em muitos casos. 'A lei Maria da Penha é fruto de uma pressão social, assim como a licença maternidade para mães adotivas. Esses são exemplos de atuação internacional que nos levam a ver que a globalização não influencia somente na economia', observou. Virgínia Feix também deixou como mensagem a necessidade de consciência e cultura para se fazer políticas públicas, além de organização e luta permanente.
Jornalista responsável e fotos: Ana Paula Nogueira
Na abertura do evento, a palavra da pastoral feita pelo pastor Nivaldo Dias trouxe uma mensagem de encorajamento aos(as) presentes para que continuem na luta pela igualdade entre homens e mulheres. A vereadora Sandra Rebelato, que integra a comissão organizadora da semana, também fez uso da palavra e destacou a diversidade de ações e a participação efetiva da comunidade nas atividades realizadas. 'Não queremos ser mais que os homens, queremos ser iguais para juntos construirmos o bem comum', observou Sandra.
Já a explanação da palestrante foi centrada na relação entre três eixos: o conteúdo do direito (leis), a estrutura do direito (instituições, órgãos, mecanismos e procedimentos) e a cultura do direito (representações sociais, sentimentos, percepções e costumes), indicando que essas esferas deveriam interagir de forma harmônica, o que não ocorre. Como um exemplo prático, Virgínia Feix citou a lei Maria da Penha, para demonstrar que a estrutura do direito não consegue acompanhar o conteúdo do direito, uma vez que em 2010 a única vara federal existente para tratar do assunto em Porto Alegre estava agendando audiências para 2012.
Ainda segundo Vírginia, a conquista e o reconhecimento dos direitos humanos é muito recente no Brasil, por isso a pressão internacional tem sido importante em muitos casos. 'A lei Maria da Penha é fruto de uma pressão social, assim como a licença maternidade para mães adotivas. Esses são exemplos de atuação internacional que nos levam a ver que a globalização não influencia somente na economia', observou. Virgínia Feix também deixou como mensagem a necessidade de consciência e cultura para se fazer políticas públicas, além de organização e luta permanente.
Jornalista responsável e fotos: Ana Paula Nogueira