Em live no YouTube, Aula Magna conjunta tratou sobre cultura do cancelamento e direitos das mulheres
15/03/2021 13h51
Na última sexta-feira, 12 de março, ocorreu a primeira Aula Magna conjunta dos cursos de Direito e Educação Física da Faculdade Metodista Centenário. Nesta edição o tema debatido foi: “Militância de sofá e cultura do cancelamento: como contribuir efetivamente pelos direitos das mulheres? ”. Por meio de uma live transmitida pelo canal da HVinte no YouTube, a atividade foi realizada respeitando todas as medidas de segurança necessárias e obrigatórias.
A atividade iniciou com a apresentação musical da dupla sertaneja Guilherme e Roberto, egressos do curso de direito da FMC. A seguir, os participantes receberam os cumprimentos e a benção da pastora Angela Dias, que desejou um momento próspero e de muito aprendizado. “Que essa conversa nos ajude a resgatarmos a humanidade que nos constitui e a abraçarmos o dever e a vontade de lutarmos por uma sociedade mais justa e igualitária para todos e todas”, ponderou.
Na sequência, o diretor da instituição, Walter Chalegre desejou boas-vindas aos calouros e veteranos e agradeceu a dedicação do corpo docente e acadêmicos perante os desafios enfrentados no período de distanciamento social. “O ano de 2020 foi de muitos desafios para todos nós, o que nos proporcionou muitos aprendizados em todos os sentidos, pessoal, profissional e também espiritual, fortalecendo a nossa fé”, considerou o professor.
Antes do início da Aula Magna, o corpo docente também transmitiu uma mensagem aos acadêmicos. Da mesma forma, a coordenadora do curso de Direito, Patrícia dos Reis, e a professora do curso de Educação Física, Alline Fernandez saudaram os participantes. O grupo de extensão, Integração e Arte FMC também marcou presença, representado por duas bailarinas que apresentaram um fragmento do espetáculo Frágil.
A seguir, a convidada da noite, a Delegada Débora Dias, iniciou sua fala acerca da temática. A responsável pela Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância de Santa Maria explicou sobre como surgiu e o que é a cultura do cancelamento, expressão mundialmente conhecida e que vem sendo muito utilizada e discutida, sobretudo no mundo virtual. Débora também falou sobre como o movimento tem contribuído ou não para a evolução dos direitos das mulheres.
“A cultura do cancelamento surgiu por volta de 2017, no momento em que mulheres se uniram e lutaram para fazer denúncias dos seus assediadores”, explicou. Nesse sentido a delegada afirma que esse ativismo digital, de sofá, pode sim contribuir para o fortalecimento do movimento feminista e para dar coragem e espaço de fala a muitas e cada vez mais mulheres.
No entanto, a convidada observa que embora o cancelamento sirva para dar voz a muitos movimentos sociais há também um lado negativo, à medida que pode extrapolar os limites do que é correto e ferir os direitos de quem é cancelado. “É preciso ser observado os limites do cancelado, para não os ultrapassar e não ter uma conduta no mesmo nível ou até mesmo pior que ele”, alerta.
No decorrer da live, Débora ainda comentou sobre o que é gênero e feminismo e sua importância pela luta por igualdade entre homens e mulheres. “Nós temos que esclarecer que feminismo não é a mulher se colocar como superior ao homem. Feminismo é um movimento que luta pela igualdade de direitos e não pela superioridade. Não é o oposto ao machismo”, esclarece.
Ao final, os participantes ainda tiveram espaço para realizarem perguntas e tirarem suas dúvidas acerca dos assuntos debatidos. Com cerca de duas horas de duração, o evento contou mais de 500 visualizações e está disponível para quem quiser assistir neste link: https://www.youtube.com/watch?v=W6Rzmj-UmbQ
Assessoria de Imprensa